domingo, 23 de outubro de 2011

Ambulatório de tratamento de Síndrome de Tourette em SP

Ambulatório de tratamento de síndrome de Tourette, em São Paulo, precisa de fundos , para continuação de projeto em 2013. Admiro o trabalho maravilhoso da Dra. Ana Hounie e ressalto a necessidade de portadores que não tenham condições de obter um atendimento direcionado a Tourette e principalmente com este ambulatório termos um local de pesquisa no Brasil voltado a Tourette

 

Preciso de Recursos Financeiros para manter o ambulatório de Tourette em 2013



Aproveito este espaço público para manifestar minha preocupação com o futuro do recém aberto ambulatório de tratamento de síndrome de Tourette. Consegui abrir o ambulatório graças a uma doação de verba americana, provinda do Massachussets General Hospital, por meio de David Pauls, geneticista pioneiro na pesquisa da ST e de Michael Jenike, psiquiatra e professor em Harvard que trabalha com TOC. Com essa verba estou pagando o meu salário, para que eu possa atender uma vez por semana no ambulatório. Essa verba pagará meu salário até o ano de 2012. Para atender no HC o médico (como MUITOS dos médicos do HC fazem atualmente) aceita trabalhar voluntariamente, sem salário, beneficiando-se apenas da chance de poder fazer pesquisa, ou tem que ser concursada e conseguir uma vaga de médico assistente. O problema é que os salários são baixos, o Estado paga R$ 1.500,00 reais para uma jornada de 20 horas semanais e as vagas são escassas. Eu prestei concurso em 2010 para uma vaga de médico especialista em TOC e passei em segundo lugar, mas provavelmente não serei chamada, e mesmo que fosse, a vaga é para atendimento em TOC e não em Tourette. Dessa forma, estou tentando angariar recursos que financiem meu salário em 2013 e, caso empresários se animem a colaborar e a verba arrecadada seja suficiente, contratar mais profissionais para que me ajudem no ambulatório: enfermeira, psicólogo, mais psiquiatras.
Abaixo, o projeto. Caso este meio não seja eficaz para sensibilizar aqueles que dispõem de recursos, pelo menos que sirva para expor a situação dos médicos e pesquisadores no país, que a despeito de possuírem títulos de médico, doutor, pós-doutor, como é o meu caso, não conseguem integrar a clínica e a pesquisa, pois o sistema não comporta tantos pesquisadores, sendo este um dos motivos pelos quais muitos saem do país e vão trabalhar nos Estados Unidos ou Europa.

 Ambulatório de tratamento de síndrome de Tourette, em São Paulo, precisa de fundos , para continuação de projeto em 2013. Admiro o trabalho maravilhoso da Dra. Ana Hounie e ressalto a necessidade de portadores que não tenham condições de obter um atendimento direcionado a Tourette e principalmente com este ambulatório termos um local de pesquisa no Brasil voltado a Tourette.
Projeto Ambulatório de Tratamento de Síndrome de Tourette


Introdução:
Em novembro de 1998, após terminar a Residência em Psiquiatria, mudei-me de Recife para São Paulo, aonde vim fazer o Doutorado, sob orientação do Prof Eurípedes Miguel. Durante 12 anos estive trabalhando no PROTOC, tendo sido sua vice-coordenadora até o ano de 2008. Desde minha vinda a São Paulo, o meu sonho era trabalhar com pacientes portadores da Síndrome de Tourette (ST), que havia sido o meu tema da monografia de conclusão da Residência médica. No entanto, o foco do PROTOC sempre foi o Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) e somente ao término do meu doutorado foi que eu pude realizar o meu projeto de escrever um livro sobre a ST que fosse útil aos pacientes e seus familiares.
Este ano, finalmente, consegui uma verba do Massachussets General Hospital, por meio de dois grandes pesquisadores , o Prof David Pauls e o Dr Michael Jenike, que me permitiu abrir o ambulatório para Tratamento de Tourette no Serviço de Psiquiatria Infantil- SEPIA- do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Lamentavelmente, a verba será suficiente para pagar meu salário apenas durante um ano, de modo que, se não surgirem fontes de financiamento adicionais, serei obrigada a fechar o ambulatório no fim de 2012.
Assim este projeto busca apresentar o ambulatório de ST para que empresários e/ou instituições que tenham interesse em colaborar possam inteirar-se sobre o meu trabalho e a real necessidade de um grande grupo de crianças e adolescentes portadores de ST, TOC, TDAH e outros problemas relacionados e que não possuem locais de atendimento especializado no setor público.
Objetivo: O ambulatório tem como finalidade básica a assistência psiquiátrica de pacientes que tenham a ST como problema principal.
Inicialmente trata-se de ambulatório de atendimento, mas planeja ser também um ambulatório de pesquisa. Pretendemos abrir o ambulatório para os Residentes em Psiquiatria. Desse modo, o conhecimento pode ser multiplicado e os residentes, futuros médicos de outros serviços após sua formação, poderão atender essa população adequadamente. Sendo um ambulatório situado em hospital de nível terciário, pretende atuar como serviço de referência tanto para investigação diagnóstica assim como retaguarda de casos de difícil manejo medicamentoso
Sobre a dificuldade de acesso ao Tratamento na Rede Pública de saúde
A rede pública de saúde (SUS) oferece atendimento psiquiátrico em poucos centros de saúde, pois não é considerada uma especialidade básica (são estas: clínica médica, ginecologia/obstetrícia e pediatria) Assim, os centros de saúde que possuem psiquiatra em seus quadros são superlotados e não dão conta nem das patologias básicas que lotam seus ambulatórios: depressão, esquizofrenia, abuso de drogas). Nos serviços de atenção terciária, ou seja, os de maior complexidade, que oferecem as especialidades médicas (ex. nefrologia, psiquiatria, cardiologia etc.), têm seus serviços de psiquiatria também superlotados e sem vagas. Isso se torna mais crítico quando falamos em psiquiatria infantil, uma especialidade tão rara que contamos nos dedos das mãos os serviços de Residência em Psiquiatria Infantil no Brasil, sendo o do HCFMUSP um dos poucos.
Pode-se inferir que é virtualmente impossível conseguir atendimento no setor público para uma criança com ST. Além da dificuldade de dar assistência a essa população, os antipsicóticos atípicos, que são os mais seguros para uso nessa população, são caríssimos (chegando um tratamento a R$ 1.000,00 por mês) e disponíveis no SUS apenas para pacientes com esquizofrenia. No HC, por ser um serviço de pesquisa, conseguimos receitar esses medicamentos para essa população, o que na ocorre no resto do país.
Fica clara a importância deste ambulatório para as centenas de crianças afetadas que temos no Estado de São Paulo. Se considerarmos que o Estado de São Paulo tem 41 milhões de habitantes, estimamos que haja pelo menos 200.000,00 crianças afetadas no estado.
Sobre as necessidades do Ambulatório
Temos disponíveis três salas de atendimento no ambulatório, que funciona na segunda-feira de manha. Atualmente, apenas eu (Dra Ana Hounie) venho atendendo os pacientes, mas a proposta é abrir o ambulatório para residentes interessados em aprender a lidar com essa síndrome e contratar pelo menos um psiquiatra e um psicólogo e um enfermeiro para integrar a equipe.
Sobre a possibilidade de Futuras Pesquisas em ST
A pesquisa em ST no nosso país é muito escassa. O HC é um hospital que realiza pesquisa de excelência nas mais variadas áreas: genética, neuroimagem etc. Caso o ambulatório de ST se estabeleça, pretendemos também realizar pesquisas com essa população para contribuir com o conhecimento científico sobre a ST sempre na busca de melhores tratamentos.

De que necessitamos?
Lamentavelmente, grande parte dos egressos de programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado em medicina não conseguem entrar na vida acadêmica por falta de vagas. Além disso, existe uma separação entre cargos da vida acadêmica e cargos na assistência médica, de modo que o profissional deve optar por um caminho ou outro, o que torna o vínculo entre atendimento e pesquisa falho. Assim, resta-nos a opção de trabalhar voluntariamente, sem salário, ou abrir mão do ambulatório e do sonho de poder atender e pesquisar nesta área.
Qual a Vantagem para o doador?
Necessitamos de doações em dinheiro que possam financiar salários em forma de bolsa de pesquisa para mim e o restante da equipe. Os depósitos deverão ser feitos na nossa conta da Fundação Faculdade de Medicina (http://extranet.ffm.br ) , uma entidade sem fins lucrativos. Desde que foi criada, em 1986, a FFM obteve o reconhecimento público por sua atuação como entidade beneficente de assistência social, através da obtenção e manutenção de várias certificações, das quais se destacam, entre outros:
• Declaração de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal;
• Atestado de Registro e Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEAS junto ao Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, sob registro 71010.000905/2004-41;
• Certificado de Inscrição nº 0308/SP/2000 do Conselho Estadual de Assistência Social – CONSEAS;
• Certificado nº 018/2008 de Qualificação como Organização Social da Secretaria Municipal de Gestão da Prefeitura do Município de São Paulo;
• Certificado de Qualificação como Organização Social de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Governo do Estado de São Paulo
• Certificado de Inscrição nº 647/2002 do Conselho Municipal de Assistência Social – COMAS;
• Registro nº 1088/ CMDCA/2004 no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Sendo uma Fundação de Utilidade pública, doações em seu nome garantem benefício fiscal aos doadores, repercutindo em abatimento no imposto de renda.
Orçamento
Profissional
Número
Valor mensal (R$)
Valor anual(R$)
psiquiatra
2
2.000, 00
48.000,00
psicólogo
1
1.000,00
12.000,00
enfermeira
1
1.000,00
12.000,00
Material de escritório
?
500,00
6.000,00
total

4.000,00
70.000,00

Meu Currículo
Resumo: Residência médica em Psiquiatria. Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. Título de Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Doutorado e Pós-doutorado na Universidade de São Paulo. Possuo mais de 50 artigos publicados no Brasil e no exterior, em revistas científicas, a maioria no tema TOC e Tourette. Autora do único livro Brasileiro sobre ST. Autora de 16 capítulos de livros nacionais e internacionais.

 

7 comentários:

  1. preciso de ajuda, meu marido é portador da síndrome de tourret e o quadro esta muito agravado mesmo com a utilização de várias medicações.

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    1. Ola Marta, tenho um filho de 18 anos com tourette, e nos decorrer dos anos ele tomou varios remedios,,,atualmente ele esta usando Olanzapina...tem melhorado bastante...ele ja fez uso desse.

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  2. Olá meu marido é portador da Sindrome de Tourette, gostaria de mais informações sobre este hospital em Massachussets, poderiamos nos falar por e-mail? Por favor, obrigada.

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  3. Olá, pelas características minha filha é portadora da Síndrome de Tourette, ela tem 9 anos, não sei por onde começar a quem procurar (especialista) moro no interior alguém pode me falar um pouco mais?

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  4. Olá, pelas características minha filha é portadora da Síndrome de Tourette, ela tem 9 anos, não sei por onde começar a quem procurar (especialista) moro no interior alguém pode me falar um pouco mais?

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    1. Voce ja procurou o hospital das clinicas setor psiquiatria em Sao Paulo...meu filho comecou fazendo tratamento no hospital...desde os 7 anos e hoje ele esta com 18 anos.

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  5. POIS É ALGUÉM ME FALA COMO CHEGAR EM UM LUGAR DESSES UMA CLINICA ONDE EU POSSA CUIDAR DO MEU FILHO POIS ELE TAMBEM TEM ESSA SINDROME E ESTOU PERDIDA SEM SABER COMO AGIR COM ELE BGD

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