Entrevista para a revista Época.
Se alguém souber qual o livro que este escritor escreveu sobre Tourette , deixe um comentário. Beijos Daniela
Se alguém souber qual o livro que este escritor escreveu sobre Tourette , deixe um comentário. Beijos Daniela
ÉPOCA - Neste livro, o senhor conta a história de uma pianista que, de repente, perde a habilidade de ler as partituras, mas consegue recuperar a capacidade de tocar. Como é possível superar esse tipo de limitação?
Sacks – A superação ocorre quando o cérebro encontra outros meios de fazer a mesma tarefa. Quando um caminho se perde, outros tendem a se tornar mais fortes. É um processo em partes automático e em partes voluntário. Essa pianista começou a ouvir com mais e mais atenção porque era sua única chance de continuar na música.
ÉPOCA - Alguns críticos o acusam de explorar a desgraça de seus pacientes em seus livros.
Sacks – O que exploro é como as pessoas sobrevivem às desgraças, particularmente a um problema neurológico, e não a desgraça desses pacientes. Sempre escrevo com respeito, simpatia e preocupação e peço autorização ao paciente e à família. Não apenas uma autorização formal. Quero ter certeza de que o paciente vai se sentir bem. Como neurologista, recebo pacientes com infortúnios neurológicos. Mas sinto que podemos aprender muito com isso. As descrições do problema de um paciente meu podem soar familiares para outras pessoas, que podem se sentir confortadas se as histórias mostrarem as adaptações, a resiliência. Escrevo, em parte, para dizer que não é o fim do mundo.
ÉPOCA - Escrever sobre a síndrome de Tourette (transtorno que leva as pessoas a fazer movimentos repetitivos e involuntários), como o senhor já fez, pode ajudar os pacientes?
Sacks – A vida pode ser especialmente difícil para pessoas com síndrome de Tourette porque os outros não as entendem. Podem ser alvos de piadas e agressões na escola. Talvez eu tenha ajudado a apresentar a síndrome ao público e isso tenha gerado uma espécie de entendimento, de empatia, que torna mais fácil a vida dessas pessoas. De maneira semelhante, com este livro espero esclarecer o que é prosopagnosia, também chamada de “cegueira para feições”, um problema desconhecido do público em geral, mas que afeta milhões de pessoas.
Sacks – A vida pode ser especialmente difícil para pessoas com síndrome de Tourette porque os outros não as entendem. Podem ser alvos de piadas e agressões na escola. Talvez eu tenha ajudado a apresentar a síndrome ao público e isso tenha gerado uma espécie de entendimento, de empatia, que torna mais fácil a vida dessas pessoas. De maneira semelhante, com este livro espero esclarecer o que é prosopagnosia, também chamada de “cegueira para feições”, um problema desconhecido do público em geral, mas que afeta milhões de pessoas.
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