sexta-feira, 30 de setembro de 2011


È disso que eu preciso, é disso que eu falei : gentileza , gera gentileza. Foi isso que ele aprendeu em casa, ensinar com carinho e sem punição. Fazer com alegria, deixar fluir da alma. Vejam até o final. Lição pra mim, depois de tantas emoções .

Saber ser mãe...

Errar é humano!
Não no meu caso. Sou reincidente. Treino todos os dias e mesmo assim erro.
Sou paviu curto, mas, com Tourette e TDAH não tenho esse direito, tenho que me controlar para educar, tenho que ser paciente, tenho que argumentar, pensar antes de agir. Treino noite e dia.
 Não tem um dia, que eu durma sem pensar no que eu posso melhorar, para não perder o contole e a paciência . Mas quando eu vejo, bummmm, perdi tudo.
Isso me acaba, porque eu sei que a Tourette é neuro e psico, mas , mesmo assim ainda erro com meu filho.
Eu já devia ter aprendido a lidar com ele, com a impulsividade, com a Tourette., com tudo. Pessoas "normais " já teriam aprendido. Eu não aprendi.
Leio, aprendo, pesquiso, faço terapia, leio de novo, converso, discuto. Mas a mínima coisa me faz perder a cabeça. será que eu não aprendo que portadores de Tourette ou não , tem seu jeito de ser. Por que querer as coisas do meu jeito?
 Vejo que ainda não sei de nada. Sei como agir , mas não faço.
O que mais desejo como mãe é paciência , é não sair de mim .
Para que ser radical, isso vai me levar aonde?
Tenho que ser sensata, essa é a palavra. Ponderar rápido o que deve ser feito. Colocar na balança o que é mais importante, o que se faz necessário exigir. A teoria eu sei , mas na prática ...
Preciso achar o meio termo, preciso evoluir , preciso deixar passar, entender, negociar. Que tipo de mãe eu sou, se não consigo compreender?
Que tipo de mãe eu sou? Preciso entender os limites, permitir decisões, deixar errar.
Como?
Queria poder usar o botão delete para os meus erros, queria me programar para agir correto, para entender, para acalmar e não explodir.
Agora começo tudo de novo, cheia de medo e lágrimas, com um pouco de força e com muita força.
Começo de novo envergonhada, arrependida mas pronta para o recomeço.

Aqui fica uma preçe: Não me deixa escorregar,  segura as minhas palavras Senhor, segura os meus atos e me ensina a ser uma mãe protetora, mais que cobradora. Me ensina a hora de parar e a hora de seguir adiante , Amém.

Tourette e medicamentos

Lista de medicamentos que meu filho já usou  desde que a Tourette  chegou:

                                                          



-Risperdal
-ORAP 4mg                                                           
-Daforin Solução
-Arotin           
-Flufenazina
-Bup
-zopix

Agora:

Amato
Luvox





terça-feira, 27 de setembro de 2011

Organizadores

Tiques , Cacoetes, Síndrome de Tourette
Um Manual para pacientes, seus familiares, educadores e profissionais da saúde
Ana Gabriela Hounie
Eurípedes Miguel
Organizadores




Gostaría de indicar este manual a todos os portadores de Tourette e seus familiares. O manual foi elaborado por 29 profissionais que lidam com Tourette, e ajuda a esclarecer o que é a Síndrome, o que causa, exames úteis ,tratamento adequado, qual a melhor psicoterapia e como lidar com Tourette. Este livro é super importante para mim. Qualquer dúvida que tenho, corro e consulto o manual.
Acho que portadores e familiares devem ler tudo a respeito de Tourette , assim a gente vai entendendo um pouco, vai se acalmando e procurando um caminho que melhor atenda as necessidades do portador. Eu coloquei abaixo , um comentário feito pela revista de Psiquiatria Clínica sobre a obra.





Esta obra, destinada a um público importante e muitas vezes esquecido, é uma iniciativa pioneira no Brasil.

Deve-se considerar, também, a importância do tema e a escassa bibliografia produzida em nosso país a respeito deste problema, antes considerado raro, porém, sabe-se hoje, atinge milhões de pessoas.

Os organizadores da obra, Ana Hounie e Eurípedes Miguel são, com justiça, reconhecidos como os dois pesquisadores brasileiros mais destacados nessa área e, fazendo jus a seu prestígio, revelam sua preocupação com os pacientes e familiares ao produzir esse trabalho de grande envergadura, quer
pela variedade dos aspectos considerados, como pelo número de excelentes colaboradores que conseguiram reunir, todos eles ligados à clínica, à pesquisa e à atividade acadêmica. Vinte e sete autores do mais alto nível participaram da elaboração dos quinze capítulos e quatro anexos.

Os capítulos se desenvolvem através de respostas a questões que vão sendo colocadas, desde as mais comuns até as de maior complexidade, desfazendo preconceitos e trazendo uma riqueza de informações consistentes e atualizadas.

Sendo um livro destinado a pacientes e familiares – como está no título – poder-se-ia pensar que se trata de um texto supérfluo, para leitura rápida e descartável. Mas, não: embora de forma didática e de leitura agradável, os temas são tratados com profundidade, baseados nas mais recentes e importantes pesquisas internacionais realizadas, de grande interesse para os profissionais.

A descrição psicopatológica dos quadros, o diagnóstico diferencial, etiopatogenia, estratégias de tratamento, papel dos familiares, direitos dos pacientes, enfim, todos os aspectos práticos e teóricos mais importantes foram desenvolvidos meticulosamente pelos autores, rivalizando com os melhores
tratados de psiquiatria; diferencia-se, porém, dos vetustos manuais acadêmicos pela sua linguagem mais simples e despojada. Evidentemente, não despreza termos e expressões técnicas, quando necessários, mas sempre cuidando de esclarecer-lhes o significado.

A sensibilidade dos organizadores se observa pela inserção, na obra, dos capítulos: “11 – De mãe para mãe” (redigido por duas mães de pacientes) e “15 – Com a palavra, pacientes e familiares”, com depoimentos de pacientes e membros da família; além disso há um interessante capítulo sobre os direitos
dos pacientes.

Não menos importantes são os anexos: o primeiro, “Onde procurar ajuda?” é um indicador de instituições no Brasil e no exterior para prestar auxílio aos pacientes e familiares; o segundo apresenta um minucioso questionário sobre tiques e sintomas obsessivo-compulsivos; o terceiro anexo indica leituras complementares, selecionadas cuidadosamente e o quarto apresenta textos legais relacionados à educação de portadores de necessidades especiais.

O livro, formatado em 200 páginas, tem o prefácio do Prof. Howard Kushner, da Emory University (Atlanta, USA), no qual destaca que Ana Hounie e Eurípedes Miguel preencheram uma lacuna com esta obra e manifesta sua expectativa de uma versão da mesma em língua inglesa. Concordamos
inteiramente com o Prof. Kushner, esperando que outras iniciativas desta natureza sejam empreendidas por nossos docentes e pesquisadores.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dopamina e Tourette

Dopamina e Tourette

Os cientistas não têm certeza sobre as causas da síndrome de Tourette e de muitas outras doenças cerebrais. Sabe-se que é hereditária, na maioria dos casos, mas não se conhece o modo exato como ela é herdada. Os cientistas ainda não descobriram um gene específico da síndrome de Tourette, mas em um aspecto eles parecem concordar: os tiques da síndrome resultam de anomalias no cérebro. Especificamente, eles apontaram doenças no tálamo, gânglios da Base e córtex frontal do cérebro e também disfunções nos neurotransmissores entre as células nervosas do cérebro.
Os cientistas suspeitam dessas partes do cérebro em razão de seus papéis na função cerebral. O tálamo atua na transmissão das informações sensoriais e motoras para o córtex cerebral e para o tronco cerebral. O glânglio basal está localizado na base do cérebro e atua na coordenação dos movimentos motores. Portanto, as desordens do glânglio basal geralmente resultam em um paciente cujos movimentos são involuntários e ocorrem inesperadamente. O córtex frontal está localizado, como o nome sugere, na parte da frente no cérebro, logo atrás da testa. Essa parte do cérebro é responsável pelo controle da atividade motora hábil, que inclui a fala.
Anomalias nos neurotransmissores, especificamente quantidades excessivas do neurotransmissor dopamina, também podem estar envolvidas na síndrome, o que alguns sugerem que talvez seja o mecanismo primário da síndrome de Tourette. A dopamina atua no cérebro para ajudar a regular movimentos e emoções. Portanto, qualquer distúrbio pode alterar esses fatores. Níveis diminuídos de dopamina foram apontados como causa do mal de Parkinson (em inglês), doença caracterizada por movimentos lentos, paralisia facial (em inglês), tremores e fraqueza generalizada. Em pacientes com quantidades excessivas de dopamina, os sintomas de contrações musculares involuntárias súbitas e espasmódicas, como aquelas da síndrome de Tourette, são esperadas.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TDHA -MARAVILHOSA ENTREVISTA

Maravilhosa entrevista com psiquiatra mineiro Claudio Costa, vale conferir.


Transtorno de Déficit de Atenção
Entrevista à TVGloboMinas, programa MGTV, dia 06.setembro.2011.



 

 


 
 
 

 

 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tourette e superação!!!!!!!!!!!!!!!

Hoje, eu estava conversando com meu filho sobre Tourette, e lembrei do blog do André, e entrei  pra mostrar o exemplo de superação e determinação que ele é . Para o meu filho, ter um cara que tem a mesma síndrome e que vai a luta e é campeão, isso é mais que o máximo.
                                                    Parabéns André!!!!!!!!!!!!!
                                           

                                              Piloto profissional de automobilismo.
 




Link: http://andrebragantini.blogspot.com/2011/08/clip-andre




Piloto profissional de automobilismo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Estimulação Cerebral Profunda ( DBS) e Tourette




Estimulação Cerebral Profunda ( DBS)

A primeira vez que ouvi falar sobre esta estimulação, tapei os olhos , os ouvidos e até prendi a respiração. Sem exageros , foi assim.!!!  Foi há quase 6 anos, meu filho ainda era criançinha e eu não podia imaginá-lo numa mesa de cirurgia, com uma montanha de fios em seu cérebro , sendo praticamente testado. Me desesperei com a reportagem, não vi com bons olhos, senti só a dor e o medo pelo meu filho. Odiei a Tourette só pelo fato de ter a possibilidade de chegar ali.
Tantos anos depois, me acostumei com o nome e consigo estudar a DBS. Procurei entendê-la, mas não quero precisar enfrentá-la.
DBS vem de Deep Brain Stimulation, ou seja, estimulação cerebral profunda, que segundo a revista Psique n. 69, foi introduzida na prática neurocirúrgica na década de 1980 para tratamento de movimentos anormais, principalmente Parkinson. O método a cada dia vem sendo aprimorado e outros transtornos neuropsiquiátricos também foram beneficiados como o TOC e a nossa amiga Tourette, esclareço que foi usado a DBS em casos totalmente resistentes a qualquer outra modalidade de tratamento.
E o que é DBS? É um método em que se insere um eletrodo no crânio através de um pequeno orifício e sob anestesia local. Quando o eletrodo está no alvo, ele é ligado a um pequeno gerador que é implantado na parte superior do torax , sob a pele.(respirei) Só para que se entenda melhor funciona como um marcapasso, envia corrente elétrica ao eletrodo.
A estimulação cerebral profunda ainda é muito discutida e vem sendo bem estuda , avaliada e criticada.
Para mim, leiga no assunto , apenas informada , o que fica da DBS é o mais importante, nós , familiares,portadores de Tourette, Toc , depressão e outros , não fomos abandonados pelos cientistas, médicos ,estudiosos, enfim, não fomos abandonados pela ciência.
A cada dia vejo medicamentos novos, estudos. Existe um avanço. Agora abro meus sentidos para a DBS e qualquer outra coisa testada e bem avaliada que nos auxilie nessa caminhada.



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A escola e a Tourette


A Escola  e a TouretteEscola virtual

Mensagem sinalizad
Passo a passo, vamos aprendendo a ajudar meu filho. A escola e eu. Tem sido um aprendizado para nós duas. Hoje sinto que estamos ligadas, há um laço entre a gente que começa a tomar forma.
Isso è um grande avanço, na verdade é felicidade pura.
Não , não estou falando de notas, de classificação no ENEM, nem de aprovação no vestibular. Estou me referindo a “ aluno superando desafios”. Inclusão pura. E digo isso porque segundo o dicionário de Aurélio, incluir significa: compreender, abranger, fazer tomar parte, inserir, introduzir, relacionar . Nada de apenas estar presente numa sala de aula. Não é isso que está acontecendo.
Ele está sendo compreendido , estão se adaptando e ele está sendo ajudado a se adaptar a sua nova fase da Tourette, do TOC e do TDHA. Não tem nada de simples aqui, não tem nada de fácil, mas está existindo uma vontade de ajudar nessa conquista. Uma vontade enorme de que ele supere.
Uma das propostas que me foi dada pela a escola, foi o uso do computador para realizar as tarefas, já que meu filho deixou de copiar por causa da letra. Confesso que concordei sem a mínima confiança na vitória, afinal,  meu filho não tinha prática com computador . Mas , eu não tinha como discordar. Era uma chance, podia dar certo  e a escola estava confiante. Ela deu todo o suporte a ele .
Meu filho começou pelas provas, era difícil para os professores entenderem sua letra que por causa da Tourette não era legível, então passou a fazer prova no computador. Digo que meu coração saiu não só pela boca, mas pelo pé , pelo nariz e pelos ouvidos . Eu não sabia como ia ser, se ele ia gostar, o que ele ia pensar, mas ,enfim ,foi o começo de sua auto-estima sendo lentamente recuperada. Mas continuava a não copiar as tarefas ou se copiava não entendia o que tinha copiado, então, parou de copiar. Passou a levar o computador para a sala, a escola o treinou para isso. Mas ainda faltava sua dificuldade maior, seu calcanhar de Aquiles: a Mara (como diz o Sidão , professor de matemática)
Como alguém, que no momento está com a parte visuo-motora comprometida, sem noção de espaço, com a letra comprometida também, ia organizar sua prova ou responder tantas questões uma embaixo da outra. As provas de matemáticas continuavam sendo escritas. 
A escola fez algumas adaptações nestas provas como: espaçamento e tamanho de letra, mas ainda não era isso. Acharam nova solução: prova de matemática no computador. Aí eu tremi. Como ele vai colocar fração e montar equação: Cícero e Guilherme se encarregaram disso.Primeiro , meu filho tinha que aprender um programa específico para matemática. E eu pensei , claro que não vai dá certo, como ele vai aprender o programa e ainda a matemática. Não ia dá certo , eu sabia. Mas ,concordei. Terças e quintas depois do PAIE , ele vai à escola e o professor Guilherme lhe ensina o programa. Gente ,pra minha surpresa,hoje eu fui na escola falar com o Cícero , que é o SUPERVISOR, com letra maiúscula sim, porque ele abraçou a causa e a  escola ao mesmo tempo, é “vestiu a camisa” como dizem. Eu fui falar do TOC e eu que fui tocada: ele conseguiu, fez antes do que esperávamos a sua primeira prova de "MARA” no computador. Meu filho é admirável, é o meu herói. Claro que não sei a nota , aquele meu velho pessimismo bate a porta, mas afasto esse medo ,esse pensamento , e me orgulho . Na verdade , eu já dei a minha "nota", o Cícero já deu a "nota" dele , o professor Guilherme também, foi um grande avanço. 
Parabéns meu filho , esse é o slogan da sua escola: "superar desafio". E foi a escola que nós, seu pai e eu, escolhemos para você e está te ensinando bem mais que matérias e está te ensinando vida. Tem mais pela frente ,eu sei. Tem muito a fazer ainda. Mas eu acredito que a união faz a força, juntos, psiquiatra, psicóloga, PAIE, Colégio Santa Ùrsula , Família e acima de tudo lá do alto e em nossos corações:  Deus.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SUPERAÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

André Bragantini     -    Piloto
Por volta dos sete anos de idade André despertou a atenção de seus pais para uns tiques nos olhos e na boca, o que foi considerado coisa normal da idade na época. Com o tempo, os pequenos gritos e espasmos com as pernas e braços aumentaram e, então, a família iniciou uma peregrinação por diversos médicos, passando por rituais e religiões, para tentar descobrir qual era o problema. Mas foi só com aproximadamente 22 anos que André finalmente conseguiu um diagnóstico: era portador da Síndrome de Gilles de La Tourette, culpada pelos espasmos involuntários no corpo e na voz. A síndrome não tem cura definitiva, não se pode fazer muita coisa além de tomar remédios e fazer terapia. Outra alternativa é uma cirurgia pouco realizada ainda. André foi o quarto paciente no país a submeter-se a uma cirurgia que consiste na colocação de dois eletrodos no cérebro que são ligados por um fio até um marca-passo, colocado na região do tórax, que controla os espasmos e os diminui muito. A paixão pela velocidade foi um grande trunfo para que André levasse uma vida normal. Como sempre foi apaixonado  por automobilismo, sendo seu tio e pai pilotos, começou a correr de kart aos 10 anos. Aos 16, estreou bem no automobilismo profissional, levando de cara o prêmio da Categoria Novato. Hoje, é piloto profissional, já foi campeão de diversas categorias regionais e nacionais e atualmente participa da Copa Vicar, a 2ª categoria da família Stock Car. Já participou por algumas temporadas da própria Stock Car, conquistando ótimos resultados, além do mais importante: o respeito.
André Bragantini

André Bragantini
 http://viveravida.globo.com/platb/portal-da-superacao/2009/12/17/andre-bragantini-versao-estentida/

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dicas para se tornar um paciente eficiente

Erros de principiante...

Eu estava num médico ,primeira consulta depois de 7 anos com um mesmo médico , e nunca tinha me preocupado em anotar e levar para a consulta todos os medicamentos que meu filho tinha usado. Claro que eu sabia os recentes, mas realmente não tinha os demais  anotados. Falta de experiência em vários médicos .Eu não tinha uma lista de medicamentos. E quando eu vi na  revista veja  : "alguns pacientes chegam a sacar o celular e ligar para casa, na esperança de que o filho ou a faxineira ....". Exatamente o que eu fiz liguei para minha mãe para ela olhar as receitas.Assim que li a reportagem me identifiquei. Mas , claro , vou seguir a dica.

 

7 dicas de como os pacientes podem ajudar o profissional da saúde na hora da consulta

A revista "Veja" ilustrou 7 tipos de atitudes comuns nas consultas médicas que podem atrapalhar o trabalho de avaliação. Confira.
Segundo a pesquisa da Veja (edição de abril): a linguagem técnica incompreensível e receituários indecifráveis são algumas das queixas mais comuns de pacientes em relação aos médicos.
Por outro lado, é rotina dos profissionais de saúde enfrentar atitudes inconvenientes e inusitadas de pacientes e seus acompanhantes. Entrevistando alguns médicos respeitados em diferentes áreas de atuação, a Veja ilustrou 7 tipos de atitudes comuns nas consultas médicas que podem atrapalhar o trabalho de avaliação. Acima de cada ilustração estão as dicas:
1- Não vá ao consultório com um diagnóstico definido


2- Vá direto ao ponto


3- Leve apenas os exames mais recentes


3- Seja claro ao descrever um sintoma


4- Seja um acompanhante participativo, mas sem exageros


5- Tenha uma lista de seus remédios


7- Não saia da consulta com dúvidas

http://mapadador.com.br/noticia/ver/42/7-dicas-de-como-os-pacientes-podem-ajudar-o-profissional-da-saude-na-hora-da-consulta

 
 
 
 

 

 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tourette,provas e ansiedade!!!!!



Provas, terminem logo!
Gostaria que a Tourette não fosse ligada a ansiedade, que os movimentos não aumentassem tanto em época de provas.Queria que ele aprendesse a relaxar. mas, só o tempo e a terapia comportamental vai ensiná-lo.Já foi história, espanhol, português e inglês.
E aí vai meu apoio : Chega logo sexta-feira.
 


Me sinto assim!!!
Sou assim!!!!
Abro as asas, coloco os dois embaixo e saio por aí. Sim, claro que sei,que rapidinho vão querer voar. Já começam a treinar, mas , esse é o segredo: o treino. Vão voando baixinho no começo, aprendendo a ser cautelosos, escolhendo lugares certos para o pouso.Estou aproveitando o quanto posso, enquanto ainda aceitam o conforto das  minhas asas. Porque vai chegar o dia de voarem só, de escolherem o próprio local para pouso.E eu já terei mostrado o caminho. Afinal, pássaros são feitos para voar. E filhos? Filhos são feitos para serem amados e para amar.bjs.Daniela

Amor Eterno

PAI, COMEÇA O COMEÇO!”
"Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”."

Recebi por e mail , autor desconhecido.

TOC E TOURETTE

Entrevista bastante esclarecedora sobre TOC

Psique - Qual a diferença entre compulsão e obsessão?
Cordioli - Obsessões são pensamentos, impulsos, ideias, imagens, palavras que invadem involuntariamente a mente da pessoa. São sempre repetitivas e normalmente acompanhadas de medo, aflição, ansiedade e até de pensamentos negativos ou catastróficos. Esses pensamentos invasivos fazem que a pessoa adote alguma medida para reduzir o perigo imaginário, o desconforto. A obses- são pode desencadear a compulsão. Compulsões são atos repetitivos que a pessoa realiza com a finalidade de reduzir o risco associado a esses pensamentos invasivos. Resumidamente, obsessões são pensamentos, impulsos, ideias invasivas, involuntárias, e compulsões são atos, ações, que podem ser repetitivos.

Psique - O TOC se caracteriza quando a pessoa não tem o controle sobre essas compulsões?
Cordioli - Ele é caracterizado quando tanto obsessões quanto compulsões são muito intensas, interferem no dia a dia, compro- metem o relacionamento com os outros, o desempenho no trabalho, pois a pessoa que tem TOC precisa repetir várias vezes o mesmo ato, o que a faz perder muito tempo. Nesses casos, as obsessões e as compulsões são consideradas um transtorno. Diferentemente de um ato comum ou dúvidas que fazem alguém tomar uma atitude de, por exemplo, checar se a porta foi trancada ou não, não é necessaria- mente um transtorno. Só passa a ser quando interfere em sua vida, ou quando é acompanhado de muito sofrimento. Existe um critério. A Associação Americana de Psiquiatria estabelece o seguinte: quando a pessoa ocupa mais de uma hora do dia com seus pensamentos com- pulsivos ou realizando rituais, é considerado transtorno.

Psique - Então é a partir do tempo de repetição que a pessoa pode ser diagnosticada com transtorno? Cordioli - Não só com o tempo, mas com o grau do sofrimento. É uma questão subjetiva: saber até quando isto está interferindo de maneira prejudicial. Tem de causar interferência e sofrimento e ocupar arbitrariamente, como fora estipu- lado, pelo menos uma hora do dia.

Psique - Você pode salientar quais são as diferenças entre TOC com tiques e a Síndrome de Tourette?
Cordioli - No TOC, as compulsões em geral são precedidas de um pensamento invasivo, acompanhado de medo, aflição, desconforto, o que leva a pessoa a realizar um ato compulsivo. Por exemplo, um indivíduo toca em alguma coisa que imaginava estar infectado e, em função dessa imaginação, conclui que pode contrair uma doença .Por causa disso, ele lava exageradamente as mãos. Então essa lavação das mãos é a compulsão. É um ato voluntário, na verdade a pessoa lava a mão, mas poderia também não lavar. Porém, se não o faz fica muito aflita. Então isso é tipicamente do TOC.
Já o tique, em geral são atos involuntários, mais simples, como, por exemplo, piscar os olhos, movimentálos de um lado ao outro, sacudir os ombros. São movimentos involuntários e mesmo que a pessoa queira, ela não consegue interromper. Ela interrompe por um minuto ou dois, mas volta a fazer. E em geral o indivíduo com tiques tem uma lesão neural, ou seja, essas repetições causam um problema em uma determinada área do cérebro. Portanto, classificamos como uma doença neurológica.
E a doença de Tourette é caracterizada por múltiplos tiques, sendo que pelo menos um deles necessariamente é um tique vocal, desta forma, o sujeito emite um grunhido, um som, repete um ruído vocal. Como um pigarro ou uma tosse. Em semelhança, tanto nos TOCs quanto nos tiques, há os movimentos repetitivos,só que no TOC é um ato voluntário.
Na dúvida sobre se fechei ou não a porta posso verificar ou não. Mas se não for, ficarei nervoso, aflito, angustiado. Já com o tique não há essa opção. Se pisco os olhos, tento me conter por alguns minutos, mas logo em seguida estou piscando descontroladamente de novo. Há alguns rituais que lembram os tiques, como por exemplo, de pessoas que têm que dar uma batidinha ou raspar as paredes, mexem no queixo quando estão lendo, mordem os lábios ao dirigir, entre outros, mas esses atos não são considerados tiques. Há também algumas compulsões que não são precedidas por pensamentos catastróficos e lembram alguns tiques, por isso acreditamos que existam coisas em comum entre tiques e TOCs. Por exemplo, em clientes que têm TOCs, é muito comum ter familiares que também apresentam o transtorno.
Psique - Então você sugere que seja uma doença hereditária?
Cordioli - Existe sim de alguma forma certa herança, e no TOC isto está bem claro. O que se sugere é que a mesma área do cérebro esteja relacionada com os danos tanto no TOC quanto nos tiques. É uma região localizada na profundidade do cérebro chamada de gânglios da base, ou núcleos da base.

Psique - Alguns medicamentos para as pessoas com TOC são realmente indicados?
 Cordioli - Para o TOC temos dois tratamentos bem-estabelecidos. De um lado são os medicamentos, que antigamente eram usados apenas para depressão e hoje, com os avanços nas pesquisas, descobriu-se que também têm efeito antiobsessivo. São medicamentos que têm um tipo de ação: eles aumentam no cérebro os níveis de serotonina, em razão de eles bloquearem a chamada "recaptação" da serotonina para dentro das células. Vou explicar o processo da serotonina no cérebro: entre uma célula nervosa e outra, a serotonina é capturada por elas, desaparecendo e mantendo um fluxo contínuo. E esses remédios impedem o processo natural de captura, por isso elas aumentam os níveis de espaço entre um pensamento e outro. Portanto, alguns medicamentos são inibidores da captação de serotonina no campo cerebral e reduzem os sintomas do TOC.

Psique - A serotonina, então, é fundamental para o pensamento obsessivo?
Cordioli - Acredita-se que ela tenha um papel bastante importante. Mas isso ainda não foi comprovado. O fato é que os níveis de serotonina no cérebro reduzem os sintomas dos transtornos. Outro tratamento que também é efetivo, talvez mais que os remédios, é a chamada Terapia Cognitivo Comportamental, que faz que o cliente, à princípio, entenda seus limites e a forma "errada" de aprender a lidar com os seus medos, sua ansiedade e o desencadeamento de atos compulsivos. A Terapia Comportamental tem como objetivo corrigir essa aprendizagem errada, de fazê-lo entender como se expõe às coisas que precisa evitar, para assim ajudá- lo a controlar os rituais repetitivos em que é tentado a fazer. No início desta Terapia Comportamental, o cliente sente um aumento da ação, da necessidade, mas depois, gradualmente, se normaliza. Então, pode haver a eliminação completa dos sintomas.

Psique - Depois de tratados, os sintomas podem voltar?
Cordioli - Sim. Aqueles clientes que durante o tratamento conseguem eliminar por completo todos os sintomas, dificilmente recaem, porém, os que apresentam melhora, mas que não eliminam por completo o transtorno, possuem grande chance de recair. Por isso, recomendo sempre que continue o tratamento pelo menos com visitas esporádicas, e se tiver alguma recaída que voltem imediatamente, porque aí, em geral, retoma o controle mais rápido.

Psique - Existe uma cirurgia chamada "estimulação cerebral profunda", conhecida também como "marca-passo cerebral". É um método indicado?
Cordioli - É um procedimento experimental ainda, não está bem concreto. Em casos mais graves de TOCs os cientistas estão experimentando este método, que funciona na depressão, mas ainda não tem comprovação de êxito no tratamento de TOC. Portanto, por enquanto não está em condição de ser recomendado. O que se tem feito na área cirúrgica é a neurocirurgia, que já está bem-estabelecida e que é realizada há algum tempo. O procedimento consiste em flexionar certas estruturas do cérebro em clientes que apresentam TOC grave e que não responderam a medicamentos e à terapia. Em São Paulo, no Hospital das Clínicas, essa cirurgia é realizada agora com um método mais moderno: são os raios gama sem a necessidade de incisão na cabeça. O feixe de luz queima os pontinhos precisos no cérebro.

Psique - Então a cirurgia desvalida o tratamento?
Cordioli - Não, de forma alguma. Essa cirurgia é, em geral, para os pacientes refratários, ou seja, que não melhoravam com nada, nem com os medicamentos, nem com a terapia, os dois tratamentos clássicos do TOC. Depois da cirurgia, eles passam a responder a esses métodos. Daí a necessidade de continuar os tratamentos. A neurocirurgia não cura o TOC.

Psique - No Brasil, existe uma estatística que aponta quantas pessoas têm o TOC?
Cordioli - Calcula-se que em torno de 2,5% da população, ou seja, cerca de uma em cada 40 pessoas são portadoras do TOC. É uma doença que geralmente começa na infância, mas pode também ter início na adolescência. Dez por cento dos clientes ficam gravemente incapacitados pela doença. Ela tende a ser crônica para o resto da vida




Cordioli é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Medicina Psiquiátrica pela mesma universidade e também doutor em Ciências Médicas Psiquiátrica pela instituição gaúcha. Como médico, é especializado em Psiquiatria, com ênfase nas áreas sobre transtornos de ansiedade, especialmente transtorno obsessivo-compulsivo, psicoterapias em geral, terapia cognitivo-comportamental, terapia em grupo e psicofármacos
.http://portalcienciaevida.uol.com.br
 

domingo, 11 de setembro de 2011

Quero dividir com vocês...

Medo e Incerteza



Vivemos ás voltas com o medo e a incerteza, que recebem sua cota de alimentação na onda de violência. Um verdadeiro tsunami varrendo as ruas de nossas cidades, dentro das escolas, ate em nossas casas. È um tempo de guerra, não sabemos quando vamos ser atacados, as balas podem vir de qualquer lugar, e nem temos trincheiras para nos abrigar. O tsunami é um desastre natural.Uma onda gigante gerada por distúrbios sísmicos, que possuem um enorme poder destrutivo quando chegam a região costeira. A palavra vem do japonês Tsu(porto, ancoradouro)e nami (onda,mar).
A violência é um desastre não natural. Uma onda gigante gerada pelo enfraquecimento da família, quando falo em família, quero me reportar, a que cuida,educa, põe limites, dá colo, protege, acolhe.Quando perde esse sentido, provoca um abalo, que não é sísmico, mais moral, ético, afetivo,que geram ondas de enorme poder destrutivo:A VIOLÊNCIA.
A família tem que ser "porto", "ancoradouro", para segurar a onda gigante da violência, que habita no coração humano. Precisamos acender a luz do nosso coração,para iluminar esse caminho de volta, precisamos voltar a enxergar o amor, a bondade, solidariedade, esperança, acender nossa luz interior, guiando para fora das trevas nossas famílias, a fim de que possa identificar o caminho do coração e segui-lo.È nossa responsabilidade,acordar a esperança, o amor, a família de verdade.È a nossa chance de ver a vida com outros olhos, e vivê-la fortalecidos no AMOR/FAMÍLIA,convivendo com o medo e a incerteza naturais do viver, e não provocados pelo estado de guerra que nos trazem a violência cotidiana.
Teomirtes Leitão

O TDAH E OS PROFESSORES

O TDAH E OS PROFESSORES: UM DELICIOSO DESAFIO
 Como deve ser o ambiente de estudos de uma criança com TDAH?

As crianças que apresentam comprometimentos na capacidade atencional têm muitas dificuldades para se organizar. Necessitam, portanto, de ambientes ordenados, consistentes e previsíveis, com estabelecimento de normas e limites muito claros.


Muitas crianças com TDAH não conseguem terminar as tarefas propostas nos tempos determinados. Como podemos ajudá-las?

É importante ajudá-las a planejar o seu tempo desenvolvendo um horário no qual as horas da aula sejam divididas em períodos bem definidos. As atividades executadas em cada período devem ser detalhadas. Isso lhes permite planejar de uma forma clara, visualizar a ordem que seguem as diferentes aulas e pode ajudá-las com a orientação temporal.


Como orientar as tarefas na sala de aula?

Devemos recordá-las constantemente do que devem fazer, sendo muito precisos a respeito do que esperamos delas. Essas crianças levam mais tempo que outras para interiorizar alguns objetivos e metas, porém conseguem fazê-los.


Como orientar as tarefas e lições de casa?


É muito útil o uso de uma agenda que funcione como meio de comunicação entre a casa e a escola. Sua finalidade é levar um controle dos progressos da criança e anotações sobre os deveres. Precisamos de contato frequente com os pais, sempre cultivando uma relação cooperativa.


Como evitar que a criança perca o foco nas explicações e atividades?

O contato visual entre professora e aluno é muito importante. Este contato pode ser utilizado de diversas formas: olhar para fazê-la entender que está agindo adequadamente, para que volte a se conectar com a aula quando notamos que está dispersa etc. É conveniente colocar a criança num local da sala onde este contato com a professora seja facilitado.


Que estratégias didáticas podemos usar para melhorar o aprendizado de um TDAH?

As instruções para trabalhos e atividades devem ser apresentadas de forma clara e concreta. Devem ser dadas tanto na forma verbal quanto escrita.

A aula deve manter um fio condutor. Quando pula-se de um tema a outro, é fácil que as crianças se percam. É de grande utilidade trabalhar com material de apoio visual e concreto. Utilizar exemplos da vida prática também facilita o entendimento.

Quando uma aprendizagem é bloqueada não se deve insistir nela. É necessário facilitar novos elementos para que a criança os integre e consiga chegar à solução por outro caminho.


Como melhorar a autoestima das crianças com TDAH que têm dificuldades na escola?

É de fundamental importância ajudar a criança a compreender que suas dificuldades não existem por falta de capacidade. O aluno deve sentir que o professor não se decepciona com ela por apresentar dificuldades. Tente deixar a criança segura disso e depois procure criar um ambiente lúdico, desafiador e estimulante, onde ela terá a sensação de que será gratificada com os acertos e não punida com os erros.

Os adultos que trabalham com essas crianças sabem exatamente o que elas NÃO podem fazer. Poucas vezes é mencionado o que fazem bem ou as áreas nas quais existem pontos fortes.


Como devem ser as avaliações destas crianças?

Além das avaliações formais devemos buscar outras formas de conceitos onde a criança tenha a oportunidade de mostrar seus conhecimentos. Muitas crianças levam mais tempo para terminar uma prova, outras se saem melhor em discussões ou provas orais. A avaliação formal, escrita e com limite de tempo restrito pode não avaliar o conhecimento que determinada criança acumulou, gerando uma sensação de frustração, perda ou injustiça.

Devemos tentar sempre avaliar o processo de aprendizado e não somente os resultados. Uma avaliação qualitativa deve ser mais importante que a quantitativa. Empenho, criatividade e capacidade de resolução de problemas devem sempre ser considerados. Cada criança é um ser humano único e importante. Respeitar essa individualidade, aceitar diferentes formas de pensar, de sentir, de agir e, principalmente, de aprender é um ponto básico na educação destes alunos.





Crianças

As crianças são o nosso futuro, como é frequentemente dito.
Infelizmente as soluções para os seus problemas tardam a ser aplicados e o seu sofrimento, o dos seus pais e dos professores acaba por ser notório.
A educação é uma bandeira que muita gente agita como a salvação nacional mas:

  1. Muitas das vezes o ensino nada tem a ver com a realidade que é preciso saber e aprender.
  2. Os livros por vezes são ilegíveis e incompreensíveis pelas pessoas de cultura média/alta ...... e para as crianças, então nem se fala.
    a) Não é de admirar pois a aversão que muitas delas têm para com as aulas e para com o estudo.
    b) Da mesma forma não é de admirar a incapacidade delas em lidarem com as matérias nem de admirar as baixas (péssimas) notas/classificações que muitas delas obtêm.
  3. Aos alunos muitas das vezes não lhes são ensinadas as bases ...... e sem bases ninguém aprende coisa alguma.
  4. Os programas escolares são dignos de uma maratona o que impede de aprender as matérias como devem ser aprendidas. (Dar matéria não significa aprender coisa alguma).
  5. Os alunos são despejados dentro da sala de aula e na despejados na escola onde passam todo o dia sem ninguém se lembrar que:
    1) As crianças aprendem a brincar e
    2) Precisam de extroverter e libertar as suas energias e
    3) Não são animais para ficarem todo o dia dentro de uma sala/escola por mais conveniente que seja para pais, professores e governantes. Colocar dentro de jaulas é o que se faz quando queremos engordar o gado.
  6. Os professores muitas das vezes passam o tempo a justificarem as suas aulas e a recorrerem a fichas e mais fichas em vez de ensinarem. (Afinal eles precisam de justificar a matéria que deram).
  7. Usar fichas nada tem a ver com ensino mas sim com mecanização.
  8. Aprender significa saber e não mecanizar.
  9. As crianças são crianças e não máquinas. (Também elas precisam de alguma dignidade).
  10. Cada um tem o seu ritmo de aprendizagem e esse ritmo deve ser respeitado.
  11. Cada um tem as suas dificuldades e elas devem ser detectadas e corrigidas.
  12. As "modernices" no ensino muitas das vezes em nada contribuíram para o avanço da sociedade, antes pelo contrário, muitas das vezes os alunos saem das universidades sem conseguirem pensar por eles e muitas das vezes sem conseguirem executar as tarefas que lhes são exigidas. Todos ganharíamos muito mais se todos soubessem pensar por eles mesmos.
  13. Muitas das nossas crianças e alunos têm problemas e dificuldades que não são detectadas ou quando o são, não são corrigidas.
Infelizmente hoje em dia fala-se muito dos mais diversos problemas mas as soluções quando são aplicadas;
1) Ou não dão resultados, ou
2) Não dão os resultados que se esperam e desejam.
Hoje, há que corrigir os erros escolares que se instalaram e se continuam a instalar a nível escolar e corrigir os problemas de muitas das nossas crianças que as impedem de estudar e de ter boa aprendizagem.
     

                            Texto de  José Carlos Santiago
                                 curador e facilitador

Este texto eu li no blog : www.conversasobreoviver.blogspot.com

sábado, 10 de setembro de 2011

Aonde Tourette e TOC se encontram

Tenho pesquisado bastante sobre Tourette e suas comorbidades , e apesar desse transtorno ser pouco comum, atingindo 5 em cada 10 mil pessoas, os estudos científicos não param. E uma das comorbidades que me deixa de cabelo em pé , é o TOC. Segundo Ana Beatriz Barbosa Silva,psiquiatra, em seu livro Mentes e Manias, ela refere-se a ligação de TOC e Tourette como um cruzamento onde as estradas destes dois transtornos se encontram. Diz ainda que os pacientes com TOC costumam apresentar tiques nervosos e uma pequena minoria tem síndrome de Tourette. Por outro lado, entre os pacientes portadores de Tourette, em torno de 50% deles apresentam transtorno obsessivo-compulsivo associado a seu quadro primário.

Fiquei assustada com a quantidade, afinal são 50% de portadores da Tourette com Toc. Ela ressalta ainda , a importância dos pais observarem e detectarem os sinais do surgimento do TOC e da Tourette o mais precocemente possível. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado , maiores serão as possibilidades de remissão completa .

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

TOC

TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo
Este transtorno psiquiátrico que acomete 2,5% da população é caracterizado por dois sintomas associados: para aliviar suas obsessões o portador do TOC apresenta crises de compulsão, que podem se dar através de pensamentos ou impulsos. Exemplos são: preocupação excessiva com organização e limpeza, dificuldade de se desvencilhar de objetos, atos repetitivos, superstições e relembrar imagens ou palavras exageradamente.
Categorizado como o quarto transtorno psiquiátrico mais frequente, o TOC vem, 90% das vezes, acompanhado de outras comorbidades como transtornos alimentares, dependência química e, mais comumente, depressão. Geralmente, enquanto os sintomas dessas outras comorbidades não aparecem, o portador do TOC não procura tratamento e a doença já está em fase progressiva.
Na maioria dos casos, o TOC aparece durante a infância. Foram descobertos genes que estão associados à doença embora ela não seja exclusivamente de origem familiar. No início, o doente tem consciência de que seus atos ou pensamentos não condizem com a normalidade, mas à medida que o transtorno progride a sensação de incompletude é tão grande que ele fica, de fato, em dúvida e passa a acreditar que algo sério pode dar errado como consequência, causando incapacitação, seja profissional ou social.
O Brasil possui o maior banco de dados do mundo sobre TOC, são 7 centros de pesquisa espalhados pelo país. Três desses centros, localizados em SP, RS e PE, oferecem tratamento gratuito para portadores de TOC, além de cursos para especialização. O tratamento é feito à base de medicação antidepressiva e acompanhamento realizado através de seções terapêuticas semanais em grupos de 8 pacientes. “O tratamento em conjunto é benéfico para a saúde pública e para o sentimento que eles criam de identificação”, explica a psiquiatra, Kátia Petribú, mestre em TOC.

http://www.blogdasaude.com.br/saude-mental/2009/11/04/toc-toc-toc-%e2%80%93-nao-deixe-que-esse-transtorno-bata-a-sua-porta/



Anjos na nossa vida com Tourette

Quando nossas vidas estavam de cabeça para baixo presas no labirinto da Tourette, com a impulsividade a solta, com o toc rondando como fantasma e o tdah querendo roubar meu filho, tenho que dizer que não sabia o que fazer. Não havia saída, os medicamentos não estavam dando certo. Eu não consegui antecipar a consulta do médico, estava sendo a pior fase do meu filho porque tudo apareceu numa velocidade que não esperávamos . Eu não conseguia ver a saída, procurávamos e procurávamos e ... nada.
Anjos existem e mais do que nunca eu acredito em anjos.
Desde que tudo começou, um anjo esteve sempre por perto, alertando, pesquisando enquanto eu ainda estava no estágio bela adormecida. Não posso contar os finais de semana, enquanto ainda pequeno, ia distrair meu filho e fazia isso muito bem. Me alimentava com Livros , textos , pesquisas sobre Tourette, coisas que meu cérebro ainda não fazia. Seu pisca alerta estava ligado, se algo estava errado ela pesquisava de novo. Confortava, criticava com sua maneira única de fazer isso,não deixar de agradecer a Deus por este anjo que colocou em nossas vidas, aliás , me colocou em sua vida, porque estou com ela desde que nasci. Teomirtes é minha segunda mãe (Bita para os íntimos) . Não me deixou desistir, não abandonou meu filho por um só momento , rezou por mim quando eu não sabia mais rezar e principalmente me fez ver quem eu sou : a mulher, a mãe, a esposa e um ser feliz. Talvez pela profissão psicóloga, talvez pelo sangue ,minha família tem mulheres fortes e que labem a cria uma das outras, não importa, todos são filhos de todas.
Mas Deus não parou, Bárbara é um outro anjo, protege a mente do meu filho, sua vida, seus sentimentos , seu controle. Acho que a Tourette entrou em sua vida pela janela, invadiu seu consultório e fincou raízes. A Tourette tenho certeza , incomodou seu sono, até porque eu não dava descanso. Cheguei até ela, porque a terapia cognitiva é indicada para a síndrome ( essa é a expilicação racional, científica da coisa) na verdade, as mãos de Deus colocaram meu filho lá. Quantas vezes me desesperei , meu filho se desesperou e ela estava lá . Estudando, descobrindo, nunca se precipitou,  orientou-me, levei dúvidas, pensei em desistir. Ela teve paciência , acreditou em mim, viu com seus próprios olhos. Me alertou e me fez ver que mudanças são necessárias. E continua fazendo tudo pela Tourette, pelo meu filho. E me levou a outro anjo, que eu fui quase obrigada, porque eu não queria mudar , eu queria que tudo desse certo como estava. Mas não dava e eu tive que arriscar. E não foi um risco , foi uma graça de Deus, no pior momento da Tourette, mudei de médico e de especialidade, agora já não era um neuro , agora é uma psiquiatra. Fabiana , que me ensinou a confiar , ela nos deu a mão , não só profissional, mas a mão humana. A Tourette lhe arrancou alguns cabelos , e ainda arranca, porque ela (a tourette ) é uma caixinha de surpresas. A qualquer momento conto com ela, aprendi que para a Tourette isso é fundamental. Médico-amigo, está é a definição. Meu filho está em maravilhosas mãos . Encontrei a pessoa certa para o momento certo. E não esqueçam: é a pior fase da nossa amiga Tourette. Tem que ser muito médica e humana para enfrentar. Sim porque ela pegou nesta fase.
Deus estava mexendo os pauzinhos, tudo parecia uma loucura, eram mudanças para todo lado, a vida escolar se complicando cada vez mais e relações afetivas entre mãe e filho também, e mais um presente nos foi indicado: PAIE , é um programa de aprendizagem (um aglomerado de anjos que salvaram a confiança , segurança e estima do meu filho) E da maneira mais doce possível me afastaram da loucura de estudar e fazer tarefas. Daquele momento em diante , meu filho era delas,( Emília e seus anjos) no estudo , na busca de soluções e no apoio.  
Alguns anjos ficam adormecidos bem perto de nós o tempo todo, só esperando a hora de aparecer, parece historinha infantil, mas é vida real, que bom que é realidade pura. Pensei que o local mais difícil de achar seria na escola, mas encontro anjos todos os dias. O slogan da escola é superar desafios, e estão lutando sim.Obrigada aos anjos do Colégio Santa Úrsula por aprenderem com a Tourette.
E finalmente quem fez meu filho sorrir de novo,  mesmo sem saber , deu-lhe  confiança  para jogar futebol de novo, sem angústia, sem trauma, devolveu o que para o meu filho é mais especial a capacidade de jogar e ser feliz . Aquele maldito futebol que eu achava, que fazia meu filho olhar para cima e não ver a bola (um movimento da Tourette pela ansiedade) e eu não pedi nada, não expliquei nada, só disse que o futebol quase destruiu meu filho e ele agiu , ele foi e é um anjo mesmo sem saber. Sim , nunca vou poder agradecer o que voçê fez, professor Alan.(Colégio Santa Ùrsula),

Estes são anjos de Hoje, longe de mim esquecer os anjos que passaram por nós , pela Tourette: Jane Magalhães (psicóloga), Dr. Francisco Cardoso (médico) , Dr. Milton Hênio (médico), nossa família (todos) e nossos amigos indispensáveis (um abraço aquele que me levou a fé em uma manhã) E ao anjo dos anjos , o Guardião , a minha vida, a minha bengala, minha mãe.
                                                                



Dra. Fabiana (PSIQUIÁTRA)
Dra Bárbara Porto (psicóloga)
PAIE (EMÍLIA)

Avaliação escolar e Tourette

"O professor afetivo é aquele que em premissa maior, acalanta o baú cheio de conhecimento adquirido na informalidade do seu educando e conduz a uma aprendizagem significativa em seu cotidiano escolar".
Roberto Giancaterino
As provas começam amanhã!!!


Sinto cheiro de estresse no ar. Semana de prova aumenta a ansiedade de qualquer um, imaginem de quem já é ansioso de natureza. Avaliação é um martírio para a Tourette, o TDHA E TOC. Concentrar-se mais, utilizar um esforço maior para guardar mais informações, medo de falhar, controlar movimentos, controlar pensamentos, todo esse processo é desgastante, no fim da semana o saldo é : mais Tourette. Definitivamente Tourette e provas não combinam. Mas, o fato é que elas exitem e devemos aprender a lidar com elas . Então ,não as chame de provas, porque você não necessita provar nada, você precisa apenas, filho, passar por elas. Então , vá em frente, siga e  "boas passagens".

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Compartilhar e comentar Tourette

Amo os comentários que eu recebo,afinal esse é o objetivo do blog, compartilhar experiências, trocar informações, sentimentos, novidades, dicas. Fico feliz com cada um . Mas, esse tocou no meu ponto fraco:   Dani querida, Ser uma "mãe cuidadora" é isso.... É saber escolher o que é certo... É saber muitas vezes sacrificar nossos sonhos pelo sonhos e bem estar dos nossos filhotes...
Desde que decide ter filhos, o que estava certo para mim é que eu os queria! Sim, eu os queria de todo o meu coração e de toda a minha alma. Eu tinha certeza de que ia amá-los e cuidar para que fossem felizes. Eu tinha certeza que eu iria protegê-los . O que eu não tinha certeza é que eu seria uma “mãe cuidadora “. Eu teria feito cursos se eu soubesse, eu teria pesquisado, aprendido, procurado outras "mães cuidadoras' para me ensinar. Que pena que eles não possuem manual de instrução. Seria bem mais simples se a gente soubesse. Talvez sim, talvez não.
A cada dia que passa tento me aperfeiçoar como cuidadora, porque sou um ser humano cheia de defeitos também .Sim , eu sei, mas eu não queria errar, eu não queria fazer testes , queria ser iluminada sempre, e escolher os melhores caminhos. E eu digo' sempre ", porque existem momentos que eu sou. Olho para trás e vejo que em certos momentos fui coberta de luz.
Mas preciso de muito mais, preciso de muita luz  para essa dedicação. E é um presente ver cada ganho que eu consigo, fico feliz a cada minuto de paciência, fico feliz com cada gargalhada que eu escuto , fico feliz com momentos em que assistimos uma televisão , fico radiante quando eu o escuto cantar uma música , ou quando coleciono figurinhas com eles. Um olhar me emociona, um abraço me aqueçe , um beijo é o melhor presente.
Mas ser “mãe cuidadora" é mais que isso, é toda uma vida envolvida em outra vida, se é que dá para entender. Exige dedicação total, mas, esse não é o ponto. O ponto é saber ser essa mãe, é saber escolher o que é certo, é saber responder ao médico o que seu filho está sentindo sem diminuir nem aumentar, è saber dizer ao médico como o medicamento está piorando ou melhorando sem errar, é
ter que dizer vamos mudar de médico , vamos mudar o medicamento e não saber se escolheu o certo.
Escolhi, mudei , chorei ,ri ,mas sem manual não é fácil. Acredito no instinto , e digo foi um presente de Deus .
Quando eu li : é saber sacrificar nossos sonhos pelos sonhos e bem … Eu pensei : sacrificar que palavra linda, Jesus sacrificou a vida por nós e nunca se arrependeu, minha mãe ainda se sacrifica por mim e não vejo arrependimento, então sacrifício é o amor mais puro que existe ( desde que não se cobre nada em troca) E pelos sonhos e bem estar de nossos filhos , isso, hoje, é tudo que eu quero. Mas não é um caminho fácil, é luta constante.
E descobri que a vida foi me ensinando e tem que me lembrar todos os dias de tudo. Não sou uma pessoa calma, nem tão pouco paciente, tenho me exercitado todos os dias nessa arte, mas ainda não consegui. Paciência teima em se esconder de mim, e me decepciono comigo mesma, tento de novo e falho de novo e aprendo mais. E é um eterno procurar e perder. Vivo procurando meios de ajudá-lo nos estudos, faço resumo sim, ajudo em trabalhos sim, participo do que posso e acho que devo.
Vivo me culpando e me amando pelo que sou.
E sinto que esse ser cuidadora é difícil, tem momentos dolorosos, mas não tem nada que me faça deixar de querer ser essa mãe. Principalmente quando chegam da escola brigando por um picolé , suados e reclamam para não tomar banho . E aí você ver que vale tudo apena. Acho que a Lina realmente me entendeu

Segurança cardiovascular do aripiprazol e pimozide em pacientes jovens com síndrome de Tourette.

Gosto de pesquisar medicamentos novos porque meu filho já usou vários...


Segurança cardiovascular do aripiprazol e pimozide em pacientes jovens com síndrome de Tourette.


Fonte
Seção de Neurologia Infantil, Departamento de Pediatria, Universidade de Catania, Catania, Itália.

  Abstrato

 

A farmacoterapia para tic gestão na síndrome de Tourette (TS) depende de neurolépticos, que tem sido associada a alterações eletrocardiográficas, incluindo prolongamento do intervalo QT. Este estudo avaliou a segurança cardiovascular do aripiprazol novos antipsicóticos em comparação com o neuroléptico pimozide pacientes jovens afetados pela TS. Cinqüenta pacientes com idades entre 6-18 anos foram designados para pimozida (n = 25; dose média diária de 4,4 mg / morrer) ou aripiprazol (n = 25; 5,3 mg / morrer) o tratamento por até 24 meses. Todos os pacientes foram submetidos a cinco avaliações de série cardiovascular (baseline, 6, 12, 18 e 24 meses). O grupo tratado com pimozida mostraram alterações significativas na pressão arterial (diminuição), QT e QTc (ambos prolongada). O grupo aripiprazol mostraram mudanças desde o início até valores de pico da pressão arterial (aumento), enquanto modificações na QT e QTc não foram estatisticamente significantes. . Em doses equivalentes, o aripiprazol é caracterizado por um perfil mais seguro do que pimozida cardiovascular, estando associada a uma menor freqüência de prolongamento do intervalo QTc.
PMID: PMID:
[PubMed - como fornecido pelo publisher]


21732066 21732066
[PubMed - as supplied by publisher] [PubMed - como fornecido pelo publisher]

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quando chega o diagnóstico....

Quando chega o diagnóstico....

"O medo é o principal ingrediente da dor. È ele que faz a dor machucar.
Deixe de lado o medo e somente o sentimento permanecerá."
Ajahn Brahm

Quando recebi o diagnóstico de Tourette, foi uma sensação mista de alívio e desespero. Alívio , porque não matava. Desespero, porque não conhecia.
Esse sentimento me cegou. O  desespero, incrível como ele tira o raciocínio, como o medo deixa a gente presa. Me agarrei ao diagnóstico como se ele fosse uma boia salva-vidas no meio do oceano. Se eu soltasse, me afogava!
Não pensei em como ajudar meu filho, eu só sentia medo, isso me paralizou no tempo, a cinderela aqui, ficou adormecida . Não fui comprar livros , não fui para a internet, não fui a sei lá para onde , apenas fiquei ruminando o diagnóstico. Tentando aceitá-lo, tentando me acostumar com ele.
Nos momentos em que o medo era maior, minha única pergunta era : -Por que eu ?  -Por que meu filho?
Não existe resposta, mas no estado cinderela, por anos, eu me fiz essa pergunta . A cada dia que nascia , eu acordava esperando um milagre. E pensava: -Hoje meu filho vai estar curado, e quando ele abria os olhos , eu estava lá, com medo de ver os primeiros movimentos. Mas  logo eles apareciam.
Demorei a deixar de procurar motivos para a minha família ter sido a escolhida, afinal Deus não iria apontar o dedo e dizer é você quem vai sofrer, ou , é você quem será feliz. Me recuso a acreditar nesse Deus cruel, apenas as coisas acontecem. E cabe a nós como enfrentá-las.
Hoje , vejo como etapa normal, quando se recebe o diagnóstico : sentir medo, mesmo quando ele te congela e te impede de raciocinar. Sim , porque quem não deseja uma vida perfeita e com filhos perfeitos , sem problemas maiores.
 Só quando a vida te beija, e te acorda do estágio cinderela, só quando se deixa o medo e somente o sentimento permanece, é que poderemos estudar , aprender e entender. E foi aí, neste ponto, que eu deixei de perguntar por que eu, por que meu filho.
Quanto tempo levou? O necessário. Cada um tem o seu, não se culpe e nem culpe ninguém . E não esqueça , há tempo de chorar , há tempo de sorrir e tempo de aceitar.