quarta-feira, 21 de março de 2012

Inclusão é vida!!!!!!!!

Hoje,  dia dos portadores de Síndrome de Down!!

 Começo o dia com esta maravilhosa frase:

"Nada é impossível e o único caminho que levará nossos filhos a atingirem toda a sua potencialidade é a inclusão"

 E o blog vidacomtourette mostra como é importante a inclusão, mostra como é importante não desistir, acreditar e seguir em frente.

 Para mim ,foi felicidade pura ler esta reportagem. Eu me sinto assim, imaginem a felicidade da família , o orgulho de ter participado dessa caminhada. Alguém acreditou , a escola acreditou, o portador acreditou ,  o que  falta em nossa sociedade é acreditar.

 Um parabéns especial para Henrique Bezerra, que passou em História e é da minha cidade (Maceió-Al), não o conheço, mas meu coração se enche de orgulho. (fiquei sabendo pela reportagem abaixo )

Nossas escolas precisam acreditar  na força de cada um, no poder da inclusão. Aceitar e acolher a diferença, adaptar-se aos limites de cada um, não para que estacionem ,mas simplismente para voarem. Não luto por proteção , luto sempre por inclusão.

As escolas precisam acompanhar as mudanças genéticas, afinal não são escolhas nossas. Somos assim. Não se pode perder um talento , apenas por uma "diferença"no aprender , no falar ou no agir.

E vejo que este olhar Escola X Inclusão está mudando, essa reportagem é prova viva.

Gostaria de aproveitar o momento para parabenizar o PAIE ( Maceió-Al), Emília e todos que a acompanham, por participar deste trabalho, por fazer com amor e acreditando em tudo o que faz.

Daniela Torres


Acompanhem esta reportagem de Patrícia Almeida publicada no Inclusive.
Link da reportagem:http://www.inclusive.org.br/?p=22184








Marina Marandini com a mãe
Marina Marandini com a mãe




Por Patricia Almeida




A cada novo vestibular vem aumentando o número de jovens com síndrome de Down que entram no ensino superior, o que muitos imaginavam impossível há poucos anos. No Brasil, tenho notícia de 18 (lista abaixo).

Débora Seabra, do Rio Grande do Norte, foi a pioneira. Em 2004 tornou-se a primeira professora habilitada a dar aulas na América do Sul. Ana Carolina Fruit, de Joinville, se formou em Pedagogia e também fez especialização. Outra que quis trabalhar com educação foi Erica Nublat, de Brasília.

Alguns rapazes preferiram Educação Física, como João Vitor Silverio de Curitiba, Humberto Suassuna de Recife e Bruno Knigel, de São Paulo. Outros escolheram artes, moda, história, geografia, turismo, gastronomia… Jessica Figueiredo, de Brasília, passou para três vestibulares esse ano! Escolheu o curso de fotografia.

Mais do que um rito de passagem, o sucesso acadêmico destes jovens, ao mesmo tempo que traz uma onda de otimismo e euforia para familiares e professores – e os próprios alunos com síndrome de Down – reforça duas certezas que nós mães e pais desses alunos temos: nada é impossível e o único caminho que levará nossos filhos a atingirem toda a sua potencialidade é a inclusão.

Todos esses jovens citados acima frequentaram escolas comuns. Tinham em seus companheiros estímulo para se esforçarem, como conta a mãe de Jessica, Ana Claudia Figueiredo: “Acho que por ela ter estudado em um regime de ensino regular, sempre conviveu com esse ambiente já no colégio. Por isso se interessou muito em prestar vestibular”.

Que motivação teriam se estivessem em escolas especiais, onde as expectativas são muito menos ambiciosas?

Não quero dizer com isso que todos os jovens com síndrome de Down devam ter como objetivo de vida chegar à universidade, nem que os que passaram por essa etapa sejam melhores do que os que não tentaram ou tentaram e não conseguiram. Afinal, quantos jovens brasileiros sem deficiência não passam no vestibular por falta de oportunidade interesse ou qualquer outro motivo, e nem por isso são piores ou melhores do que outros jovens?

Mas com a oportunidade de estudar, o indivídou vai descobrindo o mundo, conhecendo novas pessoas, encontrando seus talentos, desenvolvendo todo o seu potencial para direcioná-lo para um trabalho que o complete e satisfaça, alcançando assim uma vida produtiva e feliz.

A mensagem que quero deixar é que SIM, vale a pena investir na educação regular de alunos com síndrome de Down. Há desafios, mas comprovamos dia após dia que, com vontade e bons professores, os obstáculos vão caindo um a um. Nossos filhos têm o mesmo direito que qualquer estudante a receber uma educação de qualidade na escola regular mais próxima às suas casas. A nós pais, cabe garantir que esse direito seja exercido, com o apoio do Ministério Público, se for necessário.
O caminho nem sempre é fácil, mas, como nossos filhos, precisamos ser perseverantes e confiar em nossas convicções.

Abaixo, alguns dos jovens com síndrome de Down que entraram, estão cursando ou terminaram o nível superior. Caso conheça outros, por favor, nos informe: inclusive@inclusive.org.br

1 – Debora Seabra – Curso Normal – Natal, RN
2 -Humberto Suassuna – Educação Física – Recife, PE
3 – Joao Vitor Silverio – Educação Fisica – Curitiba, PR
4 – Erica Nublat – Pedagogia – Brasília, DF
5 – Ana Carolina Fruit – Pedagogia, com pós – Joinville. SC
6 – Henrique Bezerra – Historia - Maceió, AL
7 – Florença Sanfelice – Artes cênicas – Porto Alegre, RS
8 – Samuel Sestaro – Moda – Santos, SP
9 – Priscila Silveira – Gastronomia – Santos, SP
10 – Kalil Tavares – Geografia – Goiânia, GO (federal)
11 – Jessica Figueiredo – Fotografia e Moda – Brasília, DF
12 – Marina Marandini – Artes – Rio Grande, RS (federal)
13 – Bruno Knigel – Educação Física – São Paulo, SP
14 – Amanda Ferreira – Pedagogia – Recife, PE
15 – Amanda Amaral – Biologia – Vitória da Conquista, BA
16 – Bruno Ribeiro – Turismo – Recife, PE
17 – Gabriel Nogueira – Teatro – Pelotas, RS (federal)

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