Explosões de ira devem ser bem canalizados
Para muitos pais, o comportamento explosivo, que pode acontecer exporadicamente , são difícieis de compreender, e em muitos casos confundidos com falta de educação, ou até mesmo de controle.
Segundo O manual Tiques, Cacoetes, Síndrome de Tourette , de Ana Hounie e Eurípedes Miguel, 40% das crianças portadoras de Síndrome de Tourette com comorbidades podem apresentar estas crises que se denominam " ataques de ira" ou " explosões de ira".
Para lidar com esta manifestação de raiva , se faz necessário conhecer um pouco sobre essa necessidade interna de colocar para fora tal emoção.
Ainda segundo o livro de Ana Hounie, essas explosões não apresesentam caráter intencional e controlado da raiva dirigida a um objetivo específico ou de manipulação liberada. o comportamento aparece de forma súbita , com sentimentos de tensão ou excitação, seguidos de alívio e intenso remorso e arrependimento. É involuntário e traz sofrimento à criança.
As emoções são reações rápidas a estímulos externos e com a criança com Tourette uma pequena contrariedade pode ser o estopim. E como lidar com estas explosões ?
1. Devemos nos preparar para detectarmos a possibilidade do surgimento de uma crise
2. Prevenção: detectarmos o que deflagra estas crises e preparar nossas crianças para reconhecer o que as leva a nova crise.
3. Aprender a perceber mudanças, como expressões :
o corpo fala , os músculos da face mudam , demonstrando tensão
4. Fora do comportamento normal , habitual da criança , ela passa a ser provocadora
Ponto principal reconhecer os deflagradores de uma crise, prevenir, e ensiná-la a amenizar o momento.(tarefa não fácil, eu sei , porém de extrema importância)
5. depois de reconhecido o momento de ínicio de uma possível crise, evitar a eclosão.
Quando sabemos que estas crises são involuntárias, (que fique claro a diferença , entre uma birra comum e uma crise ) fica mais suave o relacionamento entre pais e filhos. As cobranças, tanto em relação a própria atuação como pais, quanto a conbrança com nossos filhos.
Sempre surge aquela pergunta silenciosa , o que tenho feito de eerrado, porque esta alteração de humor repentina desta criança.? Para evitar tais culpas e condenações é que se faz necessário o conhecimento da raiva.
A raiva , segundo reportagem na revista Psique, pelo psicólogo João Oliveira,é uma emoçaõ relacionada no cérebro , às funções da amígdala em decorrência de suas conexões com o hipotálamo e outras estruturas cerebrais. A raiva acelera a produção de adrenalina. Segundo estudos parece está ligada as produções dopaminérgicas. Então antidepressivos dopaminérgicos e psicoestimulantes podem potencializar a raiva e os antipisicóticos e estabilizadores de humor quase sempre diminuem a raiva.
"A emoção , em si, e o sentimento que ela desperta não é determinante "( para nossos filhos) " como direcionamos é o determinante" .Como vamos agir diante destas crises sabendo que são involuntárias e que o sentimento de culpa e remorso vem logo após o episódio , nosso posicionamento é o determinate .
DT
Fonte: Tiques, Cacoetes, Síndrome de Tourette - Ana Hounie e Eurípedes Miguel
Revista Psique n. 80
Muito Obrigada por esta reportagem!
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