domingo, 29 de abril de 2012

Tourette informativa

Informação nunca é demais:

Tourette é uma das  desordens de tiques   classificados pelo Manual  de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM) de acordo com o tipo (motor ou tiques fônicos) e duração (transitória ou crônica).

 Tique transitório consiste de múltiplos tiques motores, tiques fônicos ou ambos, com uma duração entre quatro semanas e 12 meses.

 Transtorno de tiques crônicos são tiques motores e ou fônicos (mas não tanto), que estão presentes por mais de um ano. Transtornos de tiques são definidos de forma semelhante pela Organização Mundial de Saúde (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, CID-10 códigos).

Tiques são súbitos, repetitivos, estereotipados, movimentos nonrhythmic (tiques motores) e enunciados (tiques fônicos) que envolvem grupos musculares distintos.

 Tiques motores são baseados em movimentos , enquanto que os tiques fônicos são sons involuntários produzidos pelo movimento do ar através do nariz, boca ou garganta .

Embora a síndrome de Tourette é a expressão mais grave do espectro de transtornos de tiques, a maioria dos casos são leves. A gravidade dos sintomas varia muito entre as pessoas com síndrome de Tourette, e os casos leves podem ser detectados.

 Os tiques associados com a síndrome de Tourette mudam constantemente em número, freqüência, gravidade e localização anatômica. Crescente e minguante, o aumento contínuo e diminuição da gravidade e frequência dos tiques ocorre de forma diferente em cada indivíduo.

 Ecolalia (repetição de palavras de outros) e palilalia (repetindo suas próprias palavras) ocorrem em uma minoria de casos.

Em contraste com os movimentos anormais de outros distúrbios de movimento (por exemplo, coréias, distonias, mioclonias, e discinesias), os tiques da síndrome de Tourette são estereotipados, temporariamente supressível e muitas vezes precedida por um desejo premonitório indesejado.

Imediatamente anterior início tic, a maioria dos indivíduos com síndrome de Tourette estão cientes de um desejo, similar à necessidade de espirrar ou coçar. Indivíduos descrevem a necessidade de tic como um acúmulo de tensão, pressão, ou energia que escolher conscientemente a liberação, como se "tivesse de fazê-lo" para aliviar a sensação.

Enquanto os indivíduos com tiques são, por vezes, capaz de suprimir seus tiques por períodos limitados de tempo, fazê-lo muitas vezes resulta em uma explosão de tiques depois. A capacidade de suprimir os tiques varia entre indivíduos, e pode ser mais desenvolvida em adultos do que criança.

Fonte:http://www.news-medical.net/health/Tourette-Syndrome-Classification.aspx

Educação com amor

Lendo o jornal de hoje, me deparei com um artigo maravilhoso : A educação com amor (Dr. Milton Hênio- médico pediatra , com 50 anos de medicina) .


Foto retirada do google


Gostaría de salientar que ouvi pela primeira vez a palavra Tourette de sua boca.

Na verdade não foi Tourette , foi "Touretinha". Na hora , passou desapercebida, confesso ,escutei mas não processei. Afinal, fazia na época seis meses que meu filho era tratado de Córeia de Sydeham, então esta era a palavra- mostro  da vez. 

Meses depois , recebemos novo diagnóstico: Tourette , depois do susto nos lembramos do que o Dr. milton Hênio já tinha nos falado: já deve ser uma tourettinha. Aproveito para agradeçer o carinho especial com que nos acolheu , em momentos tão difíceis de nossas vidas.

Compartilho esse maravilhoso texto, que nos serve de lição:

A educação com amor


O desejo mais profundo de um pai ou uma mãe tem pelo filho é vê-lo sempre feliz, ter sucesso na vida, enfim batalhar para que ele viva em plenitude. Porém todas as conquistas não devem existir só no plano material.

 As crianças precisam ser orientadas desde pequenas pelos pais, para que associem ao sucesso objetivos espirituais que incluam capacidade de amar de ser solidário, de ser compreensivo, de ser paciente, enfim, de dar sentido de felicidade interior à vida.

Isso vai ajudá-la muito a encontrar um bom caminho num mundo cheio de egoísmo e de confrontos. Porém, isso só conseguimos com uma educação repleta de amor.

Sentir-se amado é uma necessidade em qualquer idade , um verdadeiro alimente para a nossa autoestima e segurança.

Mas, na infância , principalmente nos primeiros anos de vida, ser amado significa um passaporte para a vida. As demonstrações de carinho partidas dos pais no convívio diário com os filhos funcionam como um sinal verde , para mostrar-lhes que não é a toa que eles estão no mundo e devem ter uma experiência condigna nessa caminhada terrena.

Existe um ser adormecido dentro de cada criança. Há regras para tudo na convivência social ou em família. E o amor também tem as suas. Se você quer um bom relacionamento com seu filho, não se imponha pelo terror, não recrimine demais, saiba que críticas fazem o amor murchar, mostre o seu amor e também seu mau humor dentro dos limites.

Para a criança, a pior coisa que existe é a indiferença. Até doze anos de idade, procure , de toda forma, voltar-se para seu filho, dando-lhe companhia, atenção e fazendo-se sempre seu amigo. È um período muito curto, mas de notável importância nesse entrosamento dos pais com os filhos, porque depois dos treze anos eles preferem a companhia dos amigos, de sua turminha.

Muito se tem falado da educação moderna, da vida dos jovens nos dias atuais, da juventude indisciplinada. Educar, nos dias atuais, é uma tarefa difícil, realmente. Goethe, há muitos anos já dizia: “As crianças cresceriam felizes se seus pais assim o fossem”. Tenham certeza _ o ambiente de felicidade em que vive uma criança, quer seja numa choupana ou num palácio, é o responsável por um adulto feliz.

Tenho cinquenta anos de profissão, de medicina e comprovo que isso é verdade.

                                         Milton Hênio

Fonte: Jornal Gazeta de Alagoas - 29/04/2012




quinta-feira, 19 de abril de 2012

Qual o objetivo do tratamento de Tourette de nossos filhos?

" Ser um bom pai não depende de um tique que nunca desaparece" Luis Lehman


Li  um texto maravilhoso escrito por Luis Lehman, médico e portador de Tourette, sobre o verdadeiro tratamento da Síndrome de Tourette.

Segundo Luis Lehman, nós, pais deveríamos nos perguntar todos os dias qual o objetivo do tratamento de tourette, assim, teríamos condições de avaliar com mais clareza os resultados obtidos.

Por exemplo: em dias de muitos movimentos (tiques), quando aparece as incertezas e a ansiedade, onde qualquer esforço para em vão, ficamos a nos perguntar : o que estamos fazendo?

Concordo com ele quando diz que o impacto da aparição da síndrome ou de algum novo tique, faz nós , pais, focarmos mais no tique ou na nova situação do que na própria criança ou adolescente como um todo.

Segundo ele, começamos a querer combater esse novo movimento ou situação. E tudo gira em torno disso.

Sugere,  então, que antes de avaliarmos o tratamento, devemos avaliar primeiro nossos objetivos e qual o nosso papel como pais dentro desse tratamento. E principalmente recordarmos para quem são esses objetivos que traçamos. Se para nós, pais, ou para as crianças ou adolecentes portadores da síndrome.

Resumindo:

. Refletir sobre os objetivos do tratamento da Tourette.
. Compartilhar esses objetivos com a criança ou o adolescente,
. E se as crianças ou adolescentes dão a mesma importância para os tiques quanto nós, pais.

Fonte: http://mistics1.wordpress.com/2012/04/15/el-verdadero-tratamiento-para-el-tourette/

TDAH, Tourette e escolas

Atenção escolas e professores!!!!


A Associação Brasileira de Deficit de Atenção - ABDA, escreveu esse texto maravilhoso com informações sobre como lidar com alunos com Tdah:


  • Qual é a dificuldade mais importante do aluno portador de TDAH? O que mais atrapalha no desempenho escolar daquele aluno?


  • Ao conseguir responder essas perguntas, o professor cria melhores condições para traçar as estratégias que aplicará em sala de aula. Quando se conhece aquilo que de fato tem atrapalhado o bom desempenho de um determinado aluno fica mais fácil pensar em solução viáveis e eficazes.

    Depois disso, o segundo passo importante é saber distinguir o que o portador é capaz de fazer do que ele não é (principalmente ao lidar com comportamentos disruptivos) e assim não criar expectativas irreais.

    Talvez essa seja uma das partes mais difíceis, mas não desanime, observar o aluno e estudar sobre o TDAH são as melhores formas de se preparar para fazer essa distinção sobre o que é sintoma e/ou consequência do transtorno daquilo que não é. Nesse sentido, cuidado para não repreender o tempo todo: sintomas primários NÃO podem ser punidos!


    Recompensar progressos sucessivos ao invés de esperar pelo comportamento perfeito! Essa é uma dica de ouro! Independente de ser portador de TDAH, essa dica deve valer para todos e para todo processo de mudança importante. Para o TDAH é ainda mais válido porque os portadores tem mais dificuldade em lidar com recompensas a longo prazo.
    • Não deixar flutuações de humor ou cansaço interferirem no trabalho de inclusão e agir da mesma forma mesmo quando as situações se modificam. Na implementação das estratégias de sala de aula o papel do professor é de extrema importância, é quase imensurável a diferença que um professor informado e motivado corretamente pode fazer para seus alunos!!!

    • Todos os recursos abaixo podem e dever usados para as alunos portadores de TDAH. Construí-los de uma forma divertida e em grupo com os alunos ajuda ainda mais a engajá-los na importância de tais ferramentas.
      • Lembretes em agendas e/ou cadernos
      • Listas de tarefas
      • Anotações em provas e trabalhos
      • Quadro de Avisos e cronogramas, servindo como ferramentas organizadoras de horários e datas importantes.
      • Uma outra dica ainda dentro dessa dica é eleger juntos com os alunos alguns representantes para serem responsáveis por cada um desses recursos.
    O importante é o resultado e não o processo. Esse é um dos conceitos da educação inclusiva que não pode ser perdido de vista. O ideal não é tentar encaixar a todo custo um aluno com especificidades em um modelo educacional que mais dificulta do que facilita o aluno portador de TDAH a desenvolver sua competência.
    • Conversar com a criança e seus pais sobre o método mais fácil de estudo em casa. Isso facilita muito a vida dos portadores. Proponha aos pais alguns “experimentos” de formas de estudos diferentes até que seja encontrada a mais adequada para aquele aluno, contanto que inclua uma programação de estudo com intervalos e assim não acumular matéria.

    • Ambientes com muitos distratores / estímulos externos devem ser evitados. Uma sala de aula deve contar apenas elementos necessários para a situação de aula daquele momento. Murais com muitas informações ficam melhor colocados nos corredores por exemplo. Músicas ou barulhos externos com frequência também devem ser evitados.

    • No ambiente escolar, evitar instruções muito longas e parágrafos muito extensos! Isso certamente será apreciado e facilitará o aprendizado de todos os alunos sem exceção.
      Por exemplo: Provas com enunciados longos funcionam muito mais como "armadilha" do que uma tentativa de escalrecimento da pergunta. Espaço entre as perguntas e clareza nas instruções são imprescindíveis para uma melhor realização de provas.

    • Uma boa forma de envolver todos os alunos e principalmente os portadores de TDAH é solicitar que um aluno a repita a instrução que você acabou de dar para a realização de uma determinada tarefa (alternância entre os alunos / aumenta a atenção de toda a turma)

    • Atividades que exijam maior integridade da atenção sustentada devem ser feitas preferencialmente no início da aula, ou seja, as tarefas que demandem mais atenção contínua por um péríodo de maior devem ser priorizadas e assim serem feitas no início da aula.

    • Por exemplo: Provas deverão acontecer no primeiro tempo de aula. No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias, que acabam funcionando como elementos de distração e podem prejudicar todos os alunos, especialmente os portadores desnecessariamente.

    • Conscientizar os alunos portadores de TDAH do tipo de prejuízo que o comportamento impulsivo pode trazer tanto para ele quanto para o grupo. Os portadores precisam se dar conta de que interromper a fala da professora ou a andamento das atividades pode ser altamente improdutivo para ele e para o grupo. Isso deve ser feito individualmente e de forma que não culpe o aluno. Apenas sirva como uma conversa esclarecedora.

    Fonte: ABDA_ Associação Brasileira de Deficit de Atenção

    sábado, 14 de abril de 2012

    Tdah no piloto automático

      Achei essa tradução de sentimento maravilhosa ,de um portador de TDAH:


    "TDAH as vezes tem tanta dificuldade de manter o foco que simplesmente se perde entre aquilo que é distração, daquilo que é pensamento obsessivo.

    Conhecer sobre o transtorno nos ajuda a definir aquilo que é nosso daquilo que é do transtorno, bem como ajuda a lidar com situações onde dentro do transtorno tudo já acontece no piloto automático."

                                            
    Retirado do Gatre TDAH Recife

    Transtorno e dificuldades de aprendizagem

    Adoraria que todas as escolas e professores tivessem a oportunidade de conhecer , aprender e participar de um evento desse porte.( vale conferir )



    chamadapequena2

    V Congresso Internacional de Transtorno e Dificuldades de Aprendizagem , será realizado em Salvador , nos dias 5 e 6 de maio.

     Temas como :

    * O que fazer com o aluno que não aprende? (contribuições da neurociência ), 

    * Como lidar com o autismo em sala de aula,

    * Conhecendo os transtornos de aprendizagem -dislexia, discalculia, disgrafia- para intervir em sala de aula     e muitos outros.

    Alguns dos palestrantes:

    *Bernard Charlot - França

    *Jesus Nicácio - Espanha

    *Marta Pires Relva - RJ

    *Sandra Bozza - Pr

    * E muitos Outros


    quinta-feira, 12 de abril de 2012

    TDAH atinge 4% da população mundial

                     TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE


    *Falta de atenção
    *Dificuldade de concentração
    *Baixa estima
    *Falta de organização
    *Impulsividade
    *Inquietação
    *Indecisão
    *Dificuldade de selecionar o que importa

    Esses sintomas quando associados comprometem e muito a vida de seus portadores. Mais de 4% da população mundial são portadores do Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, ou mais comumente chamada TDAH.

     Pesquisadores afirmam que este transtorno é resultado de uma desordem química no cérebro.Os nerotransmissores, substâncias que fazem a comunicação entre um neurônio e outro, não absorvem as informações de maneira adequada , isso baixa a atividade frontal do cérebro, que é o nosso filtro mental.


    Fonte: www.tdah.org.br

    terça-feira, 10 de abril de 2012

    A importância do medicamento e a qualidade de vida

    Viajando em nossas vidas com Tourette






    Amamos viajar , e quem não ama?




    Mas como eu já contei , com a Tourette como companheira de viajem , nem sempre tudo ía bem.

     Não vamos culpar apenas a Tourette, tínhamos  também na bagagem o TOC. Uma verdadeira compulsão, obsessão , que podiam tornar determinados momentos do passeio, um tormento.

    Sabíamos o que estava acontecendo , mas mesmo assim era difícil aceitar , imaginem para nosso filho.Ele era o principal alvo de tudo isso.  Lembram da compulsão pelo tênis, era uma procura incansável por qualquer par de tênis em qualquer lugar.

    Quando viajávamos, além do pensamento em comprar (TOC) , os movimentos(tiques) se exarcebavam , era a expectativa da viajem. Sempre voltávamos dos passeios com uma coleção de tiques , muitos... Felizes sim, mas com uma ponta de cansaço , pelo desgaste que tudo provocava em meu filho e pelo fato de não conseguir amenizar tudo isso.

    Depois dos medicamentos novos (meio do ano passado para cá) , essa foi nossa primeira viagem para um lugar distante. Avião, expectativa e nenhuma palavra COMPRA, shopping ou algo parecido. O TOC adormeceu realmente, faz algum tempo que notávamos isso. Foi um teste difícil para mim, porque tinha tudo isso e ele passou com nota 10. O Toc adormeceu , está controlado. Podemos vencer o TOC sim, é real . COm um bom psiquiatra e um bom medicamento e uma boa terapia cognitiva...

    Que bom que eu, como mãe, não desisti. Que bom que lutamos por essa qualidade de vida .

    Os medicamentos tem dois lados, podem destruir mais ainda, mas se bem administrados, se bem escolhidos e bem dosados de acordo com cada paciente podem dar qualidade de vida .

    Claro que os ajustem tem que ser feitos e que paciência é fundamental.
    Mais uma vez , não se conformem se algo continuar errado, tem algo a fazer, e tudo isso eu agradeço a Deus e a Psiquiatra dra.  Fabiana Corado , que assumiu a Tourette , entendeu, e continua nos ajudando sempre.
    Amo meus filhos , cada pedaçinho deles, então imaginem como estou .

    Parabéns filho, mais uma vitória!!!!

    E lembrem-se sempre: "Eu tenho Tourette, mas a Tourette não me tem"

    beijos
    DT

    segunda-feira, 2 de abril de 2012

    Dia Mundial da Conscientização do Autismo com Laura Campos

                                                          






    Hoje , VidacomTourette mostra o amor pela profissão, o carinho pelo que faz, e como faz bem feito...
    Acompanho , mesmo que de longe, o trabalho de Laura Campos, e nada melhor do que alguém que ama o que faz para nos contar um pouco sobre o prazer de ensinar a crianças autistas.

    Admiro as pessoas que junta profissão e amor pelo que faz!!!!

    Dia 02 de abril, dia do alerta mundial para diagnosticar, compreender e conviver com Autismo.

    Obrigada Laura por compartilhar conosco seu amor pelo Autismo.

    DM

     Meu primeiro contato com autista ...


     Foi na APAE  em 2010,quando conheci um garotinho lindo há dois anos, ele não era meu aluno, porém sempre em horas vagas eu corria na sala em que estava para ver a professora trabalhar com ele, eu sempre fui curiosa e amo trabalhar com crianças pequenas, e a cada dia eu acompanhava seu desenvolvimento muito lento, mas percebia seu progresso, foi quando no colégio particular em que trabalhava uma professora estava nervosa e aflita com o seu neto que apresentava características, e sempre que nos encontrávamos ela me perguntava o que eu achava ,eu já sabia que ele podia ser autista mas não poderia falar nada.Um certo dia  ela me falou que  o médico tinha dado o diagnóstico “Autista “e que no próximo ano ele estaria no 1º  e me disse que queria que eu fosse  a professora dele e que confiava em mim para alfabetizá-lo ,no mesmo momento em que fiquei feliz  também nervosa ,e se eu não conseguisse ?

    Em 2011 ele chegou à minha sala, a mãe também preocupada como seria?Será que ele acompanharia a sala, sendo que os dois últimos anos ele não tinha aprendido nada, mas para minha surpresa ele já sabia escrever o nome na lousa, letras enormes, enfim uma criança linda onde a cabei me apaixonando e aprendendo a cada dia, buscando alternativas para alfabetizá-lo, não foi tão difícil assim, às vezes me sentia frustrada, não pelo aluno, mas pela escola que não me dava apoio, muito menos material pedagógico para ajudar, mas fui me adaptando e deu tudo certo, hoje ele está no 2º ano alfabetizado, e continuo a dar aulas particulares como reforço para ele, é uma alegria quando ele chega em casa e grita “ Pro cheguei “ com um sorriso ,não sei nem descrever o que sinto por ele ,uma criança muita carinhosa e amada pela família e por mim é claro .

    Na APAE trabalho com duas crianças autistas, oito e nove anos, faço com eles atividades da vida diária, ensinando a escovar os dentes o que é muito difícil, pela sensibilidade, eles não gostam do contato da escova, ensinamos como se alimentar, tomar banho ,fazer caminhada andando no ritmo da professora ,mas sempre saem  correndo, usamos o método Teacch ,com rotinas e horários de 15 a 20 minutos por atividade, é um trabalho onde o progresso é as vezes lento ,ás vezes meses para conseguirmos algo ,mas quando percebemos o progresso do aluno é uma satisfação tão grande que esquecemos da dificuldade que foi para alcançá-la.

    Hoje trabalho com 3 crianças Autistas  dando aulas de reforço ,os três estudam em escolas particulares, cada um tem seu lugarzinho aqui no meu coração e é uma satisfação enorme quando estou perto deles e vejo que meu trabalho está dando certo,eu estou realizada como professora e principalmente pela oportunidade que tenho de trabalhar com autistas e pretendo fazer isso pelo resto de minha vida ,sempre com muito carinho e amor .
      Laura Campos
      Formada em Pedagogia pela UNESP